terça, 17 de março de 2020 - 11:58h
Você já ouviu falar do programa ‘Busca Ativa nas Escolas’?
Busca Ativa nas Escolas
Por: Rafaela Tenorio - SEMED
Foto: Divulgação
Com o tema “Fora da Escola não Pode”, a Busca Ativa é um projeto desenvolvido pelas escolas e que tem como objetivo garantir o acesso e assegurar a permanência de crianças e adolescentes nas instituições de ensino. É um processo de busca e identificação dos alunos que estão fora da sala de aula e que envolve responsáveis de diferentes áreas como, Educação, Saúde e Assistência Social.
Cada encarregado tem um papel individual, que vai desde a identificação dos alunos até a tomada das providências necessárias para a matrícula e o acompanhamento do docente.
 
O primeiro passo do processo é fazer o levantamento do quantitativo de alunos que estão fora da escola em cada município, feito através de uma plataforma digital gratuita, criada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas).
Após esse levantamento as equipes de busca organizam um cronograma de visitas às casas dos alunos para conhecer a realidade em que vivem. Em seguida, são definidas estratégias para assegurar que eles frequentem as aulas. Após a matrícula ou rematrícula na escola, as crianças e os adolescentes permanecem sob observação durante um ano para que sua permanência seja garantida e o risco de evasão seja diminuído.
 
O trabalho de acompanhamento feito pelas equipes responsáveis é realizado de várias maneiras, podendo abranger atividades socioeducativas, mutirões, campanhas e palestras.
 
Em Laranjal do Jari, o programa foi implantado no ano de 2017 e é desenvolvido nas escolas da rede municipal pela equipe da Gerência Técnica de Políticas Educacionais (GPE) da Secretaria Municipal de Educação (Semed), junto com a Assistência Social, Conselho Tutelar e a Secretaria de Saúde, que traçam as estratégias necessárias para encontrar e reintegrar esses alunos à comunidade escolar.
Eles adotam medidas para chegar até as pessoas que, seja por desconhecimento, dificuldade, falta de recursos ou outros motivos não conseguem ter acesso à escola e demais serviços públicos. Famílias com problemas sociais são selecionadas e encaminhadas aos órgãos competentes.
 
Segundo os dados levantados pela GPE da Semed, a maior parte das crianças fora da escola vive nas áreas de vulnerabilidade social, e os motivos para o abandono dos estudos são diversos: trabalho, gravidez precoce, violência, casos de separação dos pais, além da falta de renda para a compra do material didático. Por esses motivos, o trabalho feito pela Secretaria de Assistência Social também é de extrema relevância.
 
Essas pessoas, em sua maioria, são beneficiárias de programas do governo estadual, como o “Renda para Viver Melhor”, que exige que os jovens de até 15 anos, cadastrados do sistema de bolsas, permaneçam matriculados em uma rede de ensino. A não confirmação da rematrícula desses alunos durante o recadastro, feito anualmente, pode trazer sérias consequência, como a perda do benefício.
Segundo Acleuso Gomes, um dos responsáveis pelo trabalho, desde a adesão ao projeto, a evasão escolar tem diminuído significativamente. Após o levantamento dos dados do Censo Escolar de 2018, o sistema do Busca Ativa emitiu 258 alertas de alunos fora da sala de aula na cidade de Laranjal do Jari. Desse total, apenas dois não confirmaram a rematrícula.
 
No ano passado, o Amapá apresentou um número de aproximadamente 2.000 alunos fora de sala de aula. Desse total, o sistema emitiu um alerta de 134 alunos que ainda estariam fora da escola em Laranjal do Jari atualmente. Após as ações que foram organizadas pelos responsáveis mais de 97 dessas crianças e adolescentes já estão rematriculados nas instituições de ensino. “Nossa equipe está empenhada nesse trabalho de busca ao aluno, e queremos que até o dia 30 de março nossa meta seja alcançada” afirmou Acleuso Gomes.
Esses dados são baseados nos números fornecidos pelo Censo Escolar. Os números de 2019 ainda não foram computados e os responsáveis pelo censo das escolas têm até o dia 31 de junho de 2020 para finalizar esse processo. Somente com essas informações é que as equipes encarregadas pelo Busca Ativa poderão montar as ações para esse ano.
 
Assessoria de Comunicação - ASCOM
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